sexta-feira, 1 de janeiro de 2010

A vida é mesmo surpreendente!

A vida é mesmo surpreendente!
Todo mundo em algum momento já se flagrou pensando nesta frase, ora com regozijo, ora em tom de lamento.
Nada melhor do que o primeiro dia do ano para pensar o quão surpreendente é a vida.Ou, simplesmente, fazer um balanço e redigir aquela velha e desgastada lista de desejos para o próximo ano.
Esse, para mim, transformou-se em um rito de passagem, quase um tabu, pois é gostoso demais perceber que, ao longo de somente 365 dias, a nossa visão das coisas muda e tanto.
De todas as coisas que tenho desejado nos últimos anos só uma permanece intocável: a vontade de perder, abandonar e não encontrar mais os 10 quilos a mais, que começam a torturar a minha coluna. Mas nesta não estou sozinha, graças a Deus! E já tenho uma certa dúvida, quase intuição, de que esses quilinhos não me incomodam tanto, caso contrário, um bom bisturi já tinha solucionado a questão, não é verdade? Talvez sejam só 10 quilos de pura gostosura (desculpem-me mas a minha auto-estima anda batendo no teto).
De resto, tudo muda, na mesma velocidade das mudanças climáticas as quais o nosso corpo e mente, ultimamente, têm-se visto constrangido a suportar.
Ao retomarmos à lista dos anos precedentes percebemos também que não há anos perfeitos, um tropeço aqui e ali acontece, com todos os mortais. Salvo, com aqueles que ficam trancafiados em casa – ou nas suas fantasias – vendo a vida passar; ou, ainda, ocupados com seus castelos de areia, com uma brita aqui e ali, na tentativa de garantir a sustentação.
Este ano para mim foi pra lá de especial e eu gostaria de deixar registrado aqui, para que um dia a minha memória não engula esta sensação doce de paz e serenidade.
Os motivos? Foram inúmeros e incontáveis, mas sem dúvidas o maior foi a saúde do Luiz Gustavo. Os fantasmas que assombravam o meu dia a dia com ele, já não existem mais. Depois, o Israel, um verdadeiro vendaval de vida que invadiu a nossa casa, no sentido metafórico e literal da palavra.
Também foi um ano de presença forte dos verdadeiros amigos, de entrada de pessoas incríveis na minha vida que eu não poderia sequer imaginar e, também, de varredura da imundice que me acompanhou anos. Aliás, experimentem uma faxina e perceberão que a gente junta muita coisa inútil, porque acha que tem que juntar, que pode precisar... que deve manter... inclusive pelas aparências.
Eu, contrariamente, compreendi e aprendi que não devo carregar nada, além do necessário; que a vida é só uma e que uma mochilinha com duas ou três coisas nas costas são suficientes para uma viagem pra lá de animada, em ótima companhia ou não.
Mas não quero ocupar espaço deste dia com um minuto sequer de lembranças ruins, nem dar conselhos, quero apenas saborear o gozo daquele que talvez possa ter sido o melhor ano das nossas vidas.
E a lista para o próximo ano? Ficou bem curta. Resume-se em uma única frase: “Quero que tudo continue como está!”
Feliz ano novo a todos! Espero conseguir voltar aqui.